“Não vamos negar que é um dia bem complicado”, diz Vice-Presidente do Inter após clube demitir mais de 40 funcionários

Foto: Site Oficial/Divulgação/Internacional

Em entrevista exclusiva à Rádio Grenal nesta quarta-feira (06), o vice-presidente do Inter, João Patrício Hermann justificou as demissões ocorridas no clube. Mesmo que tenha divulgado nota oficial, Hermann comentou que assim como em outras empresas, no Inter também foi necessário fazer alguns cortes. “Não vamos negar que é um dia bem complicado. Mas faz parte. Temos um deficit, e com essa pandemia vamos perder cerca de R$100 milhões. Algumas demissões tiveram que ser feitas. Várias áreas do clube estão completamente parados por conta dessa pandemia. E como todas empresas também estão fazendo, tivemos que fazer alguns cortes”, explica.

Algo que causou bastante movimentação nas redes sociais, por parte dos torcedores, foram as demissões de grandes ídolos do clube. Grande parte da torcida não ficou contente com a saída e também com a despedida do ex-zagueiro Índio, por exemplo. “O Inter respeita muito seus ídolos, respeita muita suas histórias. Mas no momento que o ídolo sai do campo e entra na administração, ele entra no risco normal de mudanças de cenários”, salienta o vice-presidente.

Segundo o vice-presidente, a situação de muitos clubes é complicada e que o retorno do futebol ainda é nebuloso, o que gera uma certa preocupação por parte de muitos presidentes. “Acho que alguns clubes não vão voltar. Estive na reunião da FGF, tem presidentes sérios, mas que estão sentindo na carne essa crise. É um cenário bastante nebuloso ainda. Tivemos alguns depoimentos importantes dos presidentes. Os clubes terão muita dificuldade para terminar os campeonatos”.

Com todos os cuidados, como o momento exige, o Inter retomou os trabalhos nesta segunda (04). Os jogadores foram submetidos a exames e sem qualquer tipo de aglomerações. Por enquanto, o elenco comandado por Eduardo Coudet irá treinar em pequenos grupos, sem o direito de frequentar o vestiário, o restaurante e com os banhos sendo transferidos para a casa de cada um. “A gente sabe que ainda é muito cedo para voltar a jogar. Nossos atletas estão apenas fazendo trabalhos físicos, individual, sem contato. Sabemos que o retorno do futebol vai demorar”, comenta Hermann.

Ainda sem data para retornar, Hermann diz que a prioridade é a saúde de todos. Quando isso estiver assegurado o Campeonato Estadual poderá ser retomado. “Não tem data. Não tem previsão. A prioridade é assegurar a saúde de todos. O estado tem diferentes bandeiras, cada cidade tem as suas dificuldades”, finaliza.

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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