Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025

Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025

Futebol

Uma joia oculta para cada seleção classificada para a Copa do Mundo

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Descubra uma joia escondida de cada seleção classificada para a Copa do Mundo: jovens talentos pouco conhecidos, análises profundas, potencial real e por que cada um deles pode surpreender no maior palco do futebol.

Foto: North Star Network

Em toda Copa do Mundo existe um padrão: enquanto as atenções globais se concentram nas superestrelas, são os jovens talentos – muitas vezes pouco conhecidos, às vezes recém-chegados ao futebol profissional – que acabam definindo narrativas, decidindo jogos e marcando gerações. O Mundial é historicamente um palco para explosões repentinas: James Rodríguez em 2014, Kylian Mbappé em 2018, Enzo Fernández em 2022. Antes do torneio, muitos eram apostas ousadas; depois, tornaram-se nomes inevitáveis.

A edição seguinte segue a mesma lógica, mas em uma escala ainda maior. Com mais países, mais culturas futebolísticas e mais competições de base revelando talentos em ritmo acelerado, cada seleção chega ao torneio com pelo menos um atleta que, por idade, estilo de jogo ou margem de progressão, representa a famosa “joia escondida”.

A seguir, reunimos uma joia por país – considerando apenas seleções qualificadas – baseada em dados, jogos recentes, projeções, mercados, relatórios de scouting e, claro, o conjunto de imagens fornecido como referência. Em um cenário onde jogos de apostas legalizados no Brasil ajudam a ampliar o interesse por análises aprofundadas e desempenho individual, o objetivo aqui é apresentar ao leitor não apenas nomes, mas razões claras para acreditar que cada um desses jogadores pode ser o próximo protagonista do maior palco do futebol.

Austrália – Nestory Irankunda (19 anos, Watford)

Poucos jogadores australianos nos últimos anos despertaram tanta expectativa quanto Nestory Irankunda, um ponta extremamente vertical, explosivo e agressivo com a bola. Nascido no Burundi, formado no Adelaide United e recentemente contratado pelo Bayern de Munique – antes de ser emprestado ao Watford para ganhar minutagem – Irankunda é o tipo de atleta que muda a temperatura de um jogo com um único arranque.

O que o torna especial é seu perfil físico-técnico: ele combina potência de velocista com um primeiro toque muito limpo e uma facilidade impressionante para finalizar de média distância. Em nível de seleções, a Austrália carece justamente desse tipo de criador imprevisível, capaz de romper defesas compactas que normalmente enfrentam em Copas. Irankunda não é apenas uma promessa — é uma solução estrutural para o ataque australiano.

Estados Unidos – Cole Campbell (19 anos, Borussia Dortmund)

O projeto dos EUA para a Copa é ambicioso: jogadores jovens, espalhados pelos melhores centros de formação da Europa, com ênfase em versatilidade e modernidade. Cole Campbell, meio-atacante do Borussia Dortmund, se encaixa exatamente nessa filosofia.

É um jogador de entrelinhas, com leitura acima da média para alguém da sua idade. O Dortmund já o usa em contexto profissional porque ele tem atributos raros: aceleração curta, passe vertical agressivo, capacidade de conectar transições e inteligência constante sem a bola. Jogadores assim fazem diferença em torneios curtos, onde o ritmo se eleva e cada decisão conta. Campbell não é “flashy”, não vive de dribles chamativos – ele é o jogador que destrava ataques.

Se continuar evoluindo no Dortmund, pode chegar à Copa como uma das surpresas do elenco americano.

México – Gael Mora (16 anos, México Sub-17)

O México tem uma tradição sólida de revelar meias criativos, e Gael Mora representa o próximo capítulo dessa linhagem. Aos 16 anos, Mora já demonstra maturidade para atuar como meia central, meia ofensivo ou até como falso ponta, sempre com um controle de bola extremamente refinado.

O diferencial de Mora é sua tomada de decisão precoce. Ele sabe quando acelerar, quando segurar e como manipular defensores com o corpo – habilidades que normalmente aparecem apenas em jogadores formados. É raro ver alguém tão jovem com equilíbrio emocional para assumir bolas paradas, construir jogadas e finalizar de média distância.

Ele ainda está livre no mercado profissional, mas isso deve mudar rapidamente. Se for integrado ao ciclo principal, pode ser um daqueles casos de fenômenos que surgem jovens demais, mas preparados demais.

Argentina – Thiago Ramírez (18 anos, Argentinos Juniors)

O Argentinos Juniors, conhecido como “El Semillero del Mundo”, volta e meia produz defensores com capacidade real de elite – e Thiago Ramírez é o mais recente exemplo. Ramírez é um zagueiro moderno: antecipação agressiva, saída limpa, leitura fina de diagonais e velocidade para proteger campo aberto.

A seleção argentina tem muitos jogadores experientes no setor defensivo, mas historicamente valoriza jovens que demonstram personalidade, especialmente em competições internacionais. Ramírez já é destaque nas categorias de base e tende a subir rapidamente. A frieza com que defende situações de um contra um faz dele uma peça rara.

Com a renovação prevista após o fim do ciclo de grandes veteranos, Ramírez tem tudo para ocupar espaço real no futuro próximo.

Coreia do Sul – Yang Min Hyeok (19 anos, Portsmouth)

A Coreia tem se especializado em revelar atacantes velocistas e meias criativos, muito influenciada pelo modelo europeu que moldou estrelas como Heung-min Son. Yang Min Hyeok é mais do que isso: é um jogador extremamente completo na fase ofensiva, combinando passe, mobilidade, drible e leitura coletiva.

Seu desempenho recente o transformou no típico “diamante escondido” que surge fora dos holofotes das grandes ligas. Min Hyeok flutua entre as linhas com muita naturalidade e sabe jogar de costas, algo incomum em pontas asiáticos mais leves. A Premier League já monitora sua evolução.

A Coreia precisa renovar seu setor ofensivo, e Min Hyeok é hoje a aposta mais clara desse processo.

Brasil – Gabriel Silva (23 anos, Santa Clara)

O Brasil sempre chega a uma Copa com dezenas de talentos promissores, mas poucos com percurso tão interessante quanto Gabriel Silva. Formado no Palmeiras e hoje destaque no Santa Clara, ele combina atributos de ponta e centroavante, podendo jogar em todas as faixas do ataque.

Gabriel é agressivo, forte fisicamente e muito eficiente em situações de transição – qualidade essencial em Copas, onde jogos se decidem em instantes. O que impressiona é a evolução de seu repertório: ele aprendeu a atacar o espaço com mais inteligência, a finalizar com mais precisão e a participar da construção desde os lados.

Embora o Brasil tenha enorme concorrência ofensiva, Gabriel Silva tem um perfil raro: atacante que pressiona, constrói, finaliza e muda ritmo com naturalidade. É um nome subestimado, mas que pode entrar no radar final.

Japão – Koki Sano (21 anos, NEC Nijmegen)

O Japão vive um momento de ouro no desenvolvimento de meio-campistas, e Koki Sano talvez seja o mais interessante dessa nova safra. Jogador de condução curta, hiperativo e com visão agressiva, Sano atua como volante, meia ou híbrido entre as duas funções.

Na Europa, já se consolidou por uma característica marcante: ele quebra linhas constantemente, seja com passes ou carregando a bola. O Japão precisa exatamente disso para evoluir seu modelo de jogo, que muitas vezes depende demais de triangulações externas. Sano oferece uma via direta, vertical e eficiente.

A maturidade tática do jogador é impressionante para alguém tão jovem. Ele pode ser o motor do Japão no próximo ciclo.

Canadá – Moïse Bombito (25 anos, OGC Nice)

Entre todas as joias desta lista, Moïse Bombito é provavelmente o defensor com o teto mais alto. O zagueiro canadense já atuou como lateral, volante e defensor central – e isso se reflete na combinação incomum de força, velocidade e coordenação.

Bombito é dominante no jogo físico, excelente no desarme e impressionante protegendo campo aberto. Seu biotipo, aliado ao senso de antecipação, o aproxima do arquétipo do zagueiro moderno usado pelas grandes seleções. A chegada ao Nice acelerou sua evolução técnica, especialmente na saída de bola.

O Canadá precisa urgentemente de estabilidade defensiva para competir em Copas. Bombito é o pilar ideal para isso.

Nova Zelândia – Luke Brooke-Smith (17 anos, Wellington Phoenix)

A Nova Zelândia raramente surge nas discussões sobre talentos globais, mas Luke Brooke-Smith pode quebrar esse padrão. Extremamente jovem, ele já mostra atributos que chamam atenção: controle de bola muito limpo, aceleração surpreendente e uma maturidade rara no entendimento do jogo.

Ele pode atuar como ponta dos dois lados ou como meia externo, sempre buscando o duelo individual com confiança. O Phoenix aposta forte em sua evolução, e clubes australianos e europeus já monitoram seus números.

Para uma seleção que historicamente depende de força física, ter um jogador técnico e criativo como Brooke-Smith muda completamente o horizonte.

Jordânia – Ibrahim Sabra (19 anos, Göztepe SK)

A Jordânia vive um renascimento futebolístico recente, e Ibrahim Sabra é um dos nomes centrais desse processo. Atacante móvel, com movimentação inteligente e boa finalização, Sabra se destaca por sua capacidade de atacar espaços e finalizar com os dois pés.

Seu estilo lembra o de atacantes modernos do Oriente Médio: intensidade, coragem no um contra um e leitura rápida das jogadas. Ele pode desempenhar funções de ponta, falso nove ou segundo atacante, sempre buscando profundidade.

A Jordânia precisa de talentos ofensivos para competir em nível global, e Sabra é exatamente esse perfil de atacante disruptivo.

A Copa da nova geração

Este conjunto de jogadores mostra algo muito claro: a Copa do Mundo que se aproxima será marcada por uma explosão global de talentos jovens, espalhados do México ao Japão, do Canadá à Austrália. O futebol nunca foi tão internacionalizado, e isso se traduz na diversidade de perfis técnicos, estilos de formação e identidades táticas.

Cada um desses nomes representa mais que uma promessa – são pilares reais do futuro de suas seleções. Uns já estão na Europa, outros em desenvolvimento no próprio país; alguns têm números impressionantes nas categorias de base, outros acumulam minutos no profissional apesar da pouca idade.

O ponto em comum é simples: todos podem explodir no maior torneio do planeta.

Se o passado nos ensinou algo, é isto: em Copas, as joias escondidas deixam de ser desconhecidas para se tornarem protagonistas.

E a próxima edição promete ser o maior palco dessa transformação.

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