Abel lamenta vice-campeonato, mas se mostra orgulhoso com a temporada: “Foi mais que tudo, sei que entrei para história do clube”

Técnico se tornou o treinador que mais comandou o Inter na história, à frente da equipe colorada em 340 jogos

Foto: Ricardo Duarte / S.C. Internacional

O técnico que mais comandou o Inter na história clube não escondeu a frustração do vice-campeonato Brasileiro. Enquanto o Flamengo perdia para o São Paulo no Morumbi, o colorado de Abel Braga precisava apenas de um gol para se tornar campeão brasileiro após 41 anos de espera, mas não conseguiu balançar efetivamente a rede e superar o Corinthians. Este foi o terceiro vice-campeonato brasileiro de Abel Braga no comando do Colorado (1988, 2006 e 2020).

“Me sinto orgulhoso pelo que fiz. Esses jogadores têm que se sentir orgulhosos. Eles resgataram a confiança que o torcedor tinha perdido. A lamentar que não puderam ver de perto” (Abel braga)

Na entrevista coletiva após a partida, o técnico reclamou da arbitragem não só da noite, comandada por Wilson Pereira Sampaio, como de outros momentos do campeonato, que, segundo Abel, prejudicaram o Inter na corrida pelo título.

Não sei se pela televisão dá para ver a cor dos olhos. Foram só lágrimas depois da partida no vestiário. A dor não é só porque não levamos o que todo colorado quer e está esperando há 41 anos. Nos tiraram semana passada. Ali, sim, existia vantagem […] Vê o pênalti a favor do Flamengo contra o Grêmio. Incrível. Depois, se não foi pênalti (no toque de braço de Ramiro), poderíamos fazer o gol. Ele tinha que deixar seguir, mas parou logo a jogada. O outro é que a bola que o Cássio soltou, ele marcou antes. Deu falta. Falta de quem? É duro. Houve uma entrega absurda, anormal, fantástica dos jogadores. Uma equipe que jogou muito“, declarou.

Apesar da homenagem feita pelo clube pelo 340 jogos em que comandou o colorado, o contrato de Abel Braga com o Inter terminou juntamente com o Campeonato Brasileiro e o próprio admitiu que está de saída do clube. O Inter já possui um pré-acerto com o espanhol Miguel Ángel Ramírez, nome que já rondava o Beira Rio ainda no final de 2020.

Fica o legado. Trabalho muito bom, prazeroso. Sem problema, mas fica a dor. Mais um vice-campeonato, o terceiro com o Inter. 2006, Bahia e agora. Sei que pelas conquistas deixei muita esperança no torcedor, mas consegui criar na vida. Creio que pela minha lisura, lealdade ao clube, consegui o que nem em sonho poderia. Ela veio ocorrer justamente no Inter, clube pelo qual prezo, respeito e amo. Levo uma placa maravilhosa. Foram 340 jogos. O treinador que mais dirigiu o clube. Agora sim. Foi mais que tudo. Sei que entrei para história do clube“, desabafou o técnico.

Segundo Abel, o que fica é o respeito e o legado deixado na história do Inter e, a torcida orgulhosa do técnico que mais comandou o clube na história: “Ficarei sempre torcendo. Esta relação… É quase inexplicável. Meus amigos perguntaram o que eu faria no Inter. O time em primeiro, as coisas começaram mal. Saio orgulhoso das pessoas que trabalhei, do que conquistei. Dou um até breve, até logo. Futebol você não sabe o que ocorrerá amanhã. Fica o legado“.

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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