O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, quer 50 mil gremistas na Arena no próximo jogo da Libertadores

O Grêmio renasceu na Copa Libertadores e, depois de duas vitórias seguidas – contra Rosario Central e Libertad -, precisa de só mais uma para avançar às oitavas de final. Esse jogo decisivo será contra a Universidad Católica, do Chile, pela sexta rodada do Grupo H, no dia 8 de maio, em Porto Alegre, e o técnico Renato Portaluppi exigiu a presença maciça da torcida na Arena Grêmio.

“Acima de tudo existe a confiança no meu grupo. Alguns dias atrás o presidente Romildo (Bolzan Junior) e eu falamos que iríamos classificar. Nós não estamos classificados ainda. O Grêmio vai depender da última rodada para conseguir a classificação. Espero a presença de 50 mil torcedores na Arena”, pediu o treinador após o triunfo sobre o Libertad por 2 a 0, na terça-feira (23), em Assunção.

Renato mais uma vez exaltou a força de seu grupo de jogadores, que reverteram uma situação complicada na Libertadores – havia somado apenas um ponto nas três primeiras rodadas. “O meu grupo é maravilhoso. Sempre que o Grêmio precisa responder, vai lá e dá conta do recado. Não é por nada que esse grupo em 30 meses conquistou seis títulos. Não jogamos bem dois jogos na Libertadores e pagamos pelos nossos erros. Hoje (terça-feira, 23) fomos uma equipe vibrante, tivemos posse de bola e acabamos sendo valentes. Uma vitória com ‘V’ maiúsculo”, comentou.

Para a partida contra a Universidad Católica, o Grêmio não terá o meia Matheus Henrique, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Libertad.

Mas a preocupação do time gaúcho agora é a estreia no Campeonato Brasileiro. Neste domingo (28), às 11h, o primeiro jogo será contra o Santos, em Porto Alegre. Até encarar os chilenos, o Grêmio fará outras duas partidas no torneio nacional: contra o Avaí, em Florianópolis, no dia 1.º de maio, e contra o Fluminense, em casa, no dia 5.

Seu Verardi

Na madrugada desta quarta-feira (24), Antônio Carlos Verardi, superintendente do Grêmio e ídolo da torcida tricolor, faleceu aos 84 anos. Verardi trabalhava no clube desde 1966.

Em entrevista à Rádio Grenal, Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, lamentou a morte de Verardi e frisou que ele era “um sujeito afável, uma pessoa amiga, uma pessoa leal”, além de ter uma relação “ímpar” com os jogadores.

“É uma perda lamentável para o Grêmio, porque representa uma história importante de todo seu conteúdo cultural, histórico e futebolístico”, disse o presidente.

O Twitter oficial do clube lamentou a morte de seu funcionário mais antigo: “Esse foi o Seu Verardi para os gremistas: um homem disponível, íntegro, forte, respeitoso e cheio de histórias. Mais uma despedida difícil para a gente, mas também mais um agradecimento por termos tido em nossa convivência essa figura maravilhosa e inesquecível!”

“Seu” Verardi, como era carinhosamente conhecido, era superintendente de Futebol do Tricolor e o mais antigo colaborador registrado no quadro funcional da instituição, com 54 anos de dedicação. Adorado por atletas, dirigentes e colegas de trabalho por sua competência, fidalguia e discrição, “Seu” Verardi criou com o Grêmio uma identificação única, que se mistura com a própria história do Clube.

Desembarcou no Estádio Olímpico em 1965, aos 31 anos, para assumir a Comissão de Obras trazido pelas mãos do Patrono Fernando Kroeff. Antes disso, já havia atuando pelas categorias de base, mas não vingou como atleta. Um mês depois, a pedido do presidente Mário Antunes da Cunha, aceitou o cargo de Gerente Geral, função que exerceu até 1974. Com nove anos de experiência no cargo, recebeu o desafio de assumir a função de diretor de futebol, quando começou a ter mais contato com o vestiário. De diretor a supervisor, não demorou muito. Com um trabalho sério, sempre voltado para o bem da instituição e dos atletas, “Seu” Verardi passou a ser reconhecido nacionalmente e virou referência na função para outros clubes brasileiros. Em 2005, Verardi se aposentou, mas seguiu se dedicando ao Clube como superintendente de futebol, responsável pela logística do grupo profissional. Foi assim até o final.

Enquanto a saúde permitia, chegava cedo para trabalhar no CT Luiz Carvalho sendo um dos últimos a sair. Até mesmo nos dias de folga ou finais de semana, “Seu” Verardi era encontrado nas dependências do Grêmio, hábito que, certamente, continuará mantendo pela eternidade.

Nos últimos meses, depois de ter sido convidado para acompanhar a delegação no Mundial dos Emirados Árabes, Antônio Carlos Verardi se dedicou a divulgação da obra “Seu Verardi e Grêmio – Uma História de Amor”, livro de memórias lançado no início de junho do ano passado.

 

Voltar Todas de Esporte

Compartilhe esta notícia:

Não é só futebol: peruano que torce pelo Inter aprende português e assiste confronto do time pela primeira vez
Antônio Carlos Verardi, uma perda triste para o Grêmio
Deixe seu comentário

No Ar: Grenal Show