Pontos corridos e a luta contra o rebaixamento: dois casos em que o Grêmio conseguiu reverter a situação

Felipão tem a missão de livrar o Grêmio da zona de rebaixamento

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

A temporada de 2021 começou com a direção do Grêmio prometendo focar no campeonato brasileiro. A chegada de Douglas Costa, a ascensão de jovens da base e a permanência de velhos conhecidos do torcedor pareciam ser a receita de sucesso para conquistar um título que não vem para os tricolores desde 1996. O problema é que o tricolor ainda não engrenou no Brasileirão, tendo o seu pior início de campeonato na história dos pontos corridos. Thiago Nunes foi demitido e justamente o último técnico campeão brasileiro pelo Grêmio foi chamado, Luiz Felipe Scolari.

O primeiro jogo de Felipão foi o clássico Grenal. O tricolor conquistou um ponto, graças a grande atuação do goleiro Gabriel Chapecó. A sequência na competição com o novo comandante foi superior e o aproveitamento da equipe melhorou. Sob o comando de Felipão, em 8 jogos, o Grêmio teve 3 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Porém, segue ainda insuficiente para sair da zona de rebaixamento. Na busca por três pontos para diminuir a diferença contra o primeiro fora da zona, o Grêmio volta a campo no próximo domingo, 12, contra o Ceará, na Arena, em Porto Alegre.

Confira dois casos em que o Grêmio conseguiu reverter a situação e escapar da zona do rebaixamento:

 

2003 – CENTENÁRIO INDESEJADO
Em 2003 o Grêmio completava 100 anos e tinha com objetivo repetir o sucesso dos anos anteriores quando conquistou a Copa do Brasil e fez grandes campanhas na Libertadores e no Brasileirão. Porém, a temporada não começou bem para o técnico Tite e seus comandados. Depois de não conseguir chegar na final do Gauchão, ser eliminado nas quartas de final da Libertadores e ocupar apenas a 20ª colocação no Brasileiro. Tite acabou saindo após 11 rodadas, dando lugar a Darío Pereira.

O uruguaio dirigiu a equipe por oito jogos, venceu dois, empatou três e perdeu cinco, deixando a equipe em penúltimo lugar no Campeonato Brasileiro. A direção resolveu apostar em Nestor Simionato, ex-atleta do clube, e técnico vitorioso no interior do Estado. A tentativa durou menos de um mês e o profissional deixou o Grêmio com 16.7% de aproveitamento.

Por fim, a direção tricolor contratou o ex-zagueiro campeão da Libertadores, Adilson Batista. A equipe formada por Gilberto, Roger, Tinga, Anderson Lima, Christian e cia. Conseguiu na reta final, após vencer o Grenal no Beira-Rio, ter uma série de resultados positivos, sacramentando na última rodada, com uma vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, no estádio Olímpico, sua permanência na série A.

O ano do centenário ficou marcado pelo clube ter conseguido evitar a ida para a Série B, depois de passar 31 rodadas na zona de rebaixamento.

2010 – A VOLTA DE UM ÍDOLO
Apostando em um técnico jovem, o presidente Duda Kroeff trouxe para o estádio Olímpico, o ex-meia Silas. O desempenho no campeonato gaúcho foi excelente e o Grêmio voltava a ser campeão gaúcho. A sequência da temporada não foi tão boa e Silas deixou o clube. No Brasileirão foram 13 partidas com 2 vitórias, 6 empates, 5 derrotas e a 18ª colocação.

O dia 10 de agosto de 2010 acabou ficando marcado para os torcedores, pois simbolizou a volta de seu maior ídolo, Renato Portaluppi. Pela primeira vez Renato retornava ao Grêmio, agora como treinador. Em quatro meses, ele levou a equipe tricolor da zona de rebaixamento à 4ª colocação no Brasileirão. O Grêmio formado por Victor, Gabriel, Paulão, Douglas, Lúcio, André Lima e Jonas, elevou a auto-estima da torcida e garantiu a equipe novamente na Libertadores da América.

Renato Portaluppi assumiu a equipe no Brasileirão na zona de rebaixamento com apenas 12 pontos. Em 25 jogos conquistou 15 vitórias, teve 6 empates e 4 derrotas. Terminando na 4ª colocação geral, com o melhor ataque da competição com 68 gols marcados, o artilheiro do Brasileirão (Jonas com 23 gols) e a melhor campanha do 2º turno.

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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